sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

"MULHERES, SONHOS"

"Depois o adeus, o lenço
a estrada a distância, o asfalto, a noite, o bar,
as taças de dor...
Laura, quede a rosa nos cabelos, Laura, quede o vale sempre em flor..."

Laura tornou-se um nome especial para mim, talvez, desde canção, da qual deixei algumas palavras da letra ai em cima; linda canção de Alcir Pires Vermelho  que eu ouvia de vez em quando no rádio lá pelo final dos anos cinquenta. Adulto, veio "Laura" o filme." Laura" (1944) com Gene Tierney. Gene Tierney interpretou Laura aos vinte e quatro anos; estava no auge do sucesso e da beleza. O cinema teve muitas mulheres lindas. Se tivesse que escolher uma, seria Gene Tierney (Laura).

Mulheres lindas ficaram em nosso imaginário, pelo cinema, por obra e graça dos escritores. Fidelia, Sofia, Capitu. Daisy Buchanan, Nicole Warren, Kathleen Moore. Scott Fitzgerald é o escritor americano de que mais gosto; em especial pelas suas mulheres: a peculiaridade de suas personalidades, a beleza... Inexoravelmente, definham os personagens masculinos em seu sonho impossível de conquistá-las. Jay Gatsby e Daisy Buchanan é o casal mais célebre dos romances de Fitzgerald.

Publicado em 1925, depois de um período esquecido, "O grande Gatsby" de Scott Fitzgerald é um sucesso permanente, um clássico da literatura americana. Muito famoso também é "Suave é a noite". Neles estão Daisy e Nicole, respectivamente. Os dois foram adaptados para o cinema. The last Tycoon, "O último magnata" ficou inacabado com a morte de Ftzgerald, mas foi para cinema também através de uma sensível adaptação dirigida por Elia Kazan. Foi a versão da história que conheci e que assisti várias vezes.
Falando das três mulheres dos romances de Ftzgerald, no cinema, em "O último magnata" Elia Kazan teve o bom senso de não colocar uma atriz conhecida para interpretar Kathleen Moore, o que acontecera nas outras duas adaptações. Nos minutos finais do filme, os últimos lances da derrocada de Monroe Sthar (Robert de Niro), o poderoso produtor cinematográfico que vê o seu poder e o seu sonho de amor esvaírem-se: seu escritório às escuras, a produtora vazia; a mulher amada encontrando outro destino amoroso.


Comecei por "Laura" a canção, lá do final dos anos cinquenta, quando eu era menino; falei de outros nomes de mulheres, na literatura no cinema: Gene Tierney (Laura, o filme) de 1944, quando eu, que já estou me aproximando da velhice nem tinha nascido ainda. Ai ficam os tempos, embaralhados, mas com a ordem e os conteúdos que consegui emprestar a eles; a realidade e a ficção, também embaralhadas.

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